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Final Fantasy X



Gênero: RPG
Produtora: Square EA
Distribuidora: Square Soft
Lançamento: 17/12/2001
Nota: 8,5



Revision
Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muuuuuuito distante chamada Japão, uma empresa à beira da falência lançou no mercado o que seria sua última cartada. Hoje, a tal empresa é um dos (se não o) conglomerados mais poderosos no mundo dos games. E ninguém consegue imaginar o mundo sem Final Fantasy (tirando o Vivard e o Shinkoheo).


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"Nossa, de onde você tirou esse iceberg moça?"

Final Fantasy X, assim como FFVII (cráaaaaasico!) marca o inicio de uma nova era nos RPGs de console. Aproveitando a guinada da tecnologia gerada pelo PS2 na época, pela primeira vez os personagens teriam voz, movimentos mais apurados, maior colorido e naturalidade do que qualquer outro RPG de então. Como FF inventou a roda, FFX iria reinventá-la.

Tudo estava lá: Personagens carismáticos, enredo brilhante (mesmo que não chegasse aos pés de FFVII) e uma evolução a passos gigantescos, coisa que só a Square faria, só ficou faltado alguma coisinha mínima pro game sair perfeito.


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Beija-Flores-Assassinos-Palmeirenses-Daputakipariu!

Tidus é um jovem e talentoso jogador de Blitzball, uma espécie de futebol/handebol subaquático, mas que vive à sombra do pai, o mais famoso jogador de todos os tempos, que desapareceu há dez anos sem nunca mais mandar notícias. Durante uma partida, a cidade de Zanarkand é ataca e destruida por um monstro chamado Sin e, com a ajuda de Auron, um exímio guerreiro e velho amigo de seu pai, Tidus empreende uma fuga alucinada da cidade em destruição. Mas ao cair em um abismo, ele acorda em um mundo paralelo, mil anos após a destruição de Zanarkand.

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"Isso não é um machado, é um taco de golfe multifuncional!"

Tentando encontrar um jeito de voltar, ele se une a Yuna, uma invocatriz (summoner) capaz de utilizar-se de seres místicos chamados Aeons em uma jornada através de Spira em busca da última summom, a invocação definitiva que pode destruir Sin de vez e trazer a paz ao mundo sofrido de Spira. Mas nem tudo é tão simples quando Tidus pensa, pois ele descobre que seu pai tem um papel importante na história de Spira e aos poucos o amor começa a florescer entre o jovem guardião e sua protegida.

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"Esquenta aqui que meu braço direito ta com frio!"

Os gráficos trouxeram à tona o abismo tecnológico que separava as duas gerações de Playstations. O mundo de Spira é extremamente vivo, colorido, com câmeras se movimentando pelo cenário (e nas batalhas), personagens muitíssimo bem construidos e em escala realista com toda uma beleza única em suas CGs. A cena do despacho de Yuna em uma das ilhas atacadas por Sin é uma das mais belas e bem produzidas de todos os tempos.

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Seria isso um mastro ou um Katamari com hidrocefalia?

O único pecado gráfico do game é não ter o mesmo cuidado dado aos personagens principais na construção dos NPCs. Muitos são feitos de polígonos chapados com aplicação de texturas. Passaria batido se alguns personagens secundários, que aparecem bastante na história, não fossem feitos assim também. Acaba que os NPCs se destacam muito do resto. Outro probleminha é a falta de um mapa mundi, já que o jogo é totalmente linear. Você só pode voltar as cidades anteriores depois de pegar a nave, e mesmo assim, selecionando elas num menu. Nada mais de dirigir pelos céus, mas nada que tire o brilho geral.

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"Designer maldito, deixou meus peitos murchos!"

O sistema de combate talvez seja o maior pecado de FFX. Ele ainda segue o padrão RPGs de sempre, onde o personagem de maior speed ataca primeiro e assim sucessivamente. O que muda é que pela primeira vez se abre a possibilidade de mudar os combatentes durante o combate, e isso é extremamente necessário. Como se fossem Jobs, cada personagem tem sua habilidade especifica o que acaba definindo os personagens em combate de acordo com o inimigo na tela: Wakka é o unico que ataca à distancia, Lulu é uma exímia maga-negra, Yuna é excelente na cura e a única capaz de usar invocações, Khimari pode copiar magias de adversários, Auron é o melhor espadachim, com técnicas de destruição de status, Rikku é a única capaz de usar certos itens e Tidus pode levantar a moral de todos com magias de status.

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Esse é o ser que deixa pegadas e um rastro no meio na areia da praia no Japão!

Agora começa o problema, o novo sistema de evolução é chamado de Sphere Board, que nada mais é do que um enorme tabuleiro onde vários pontos são interligados. Cada personagem inicia num diferente ponto do tabuleiro de acordo com suas características inatas. Ao subir um nível, os status não evoluem como normalmente, você ganha um ponto para mover o personagem no board uma casa a frente ou quatro casas pra trás. Desse modo, caso você possua a Sphere necessária, pode ativar os icones adjacentes no board. "Como assim Bial?" simples, pare em uma casa e use um determinado item para ativá-la, tal como a casa da frente e, se for o caso, a de trás. Cada casa tem uma especificação que pode ser um status, uma habilidade ou algo do tipo e, quando ativadas, o personagem passa a ter a tais habilidades. Todos os personagems pode ativar todas as spheres, mas convenhamos que isso é meio ... trabalhoso dada a quantidade existente. O Sphere Board é um tanto complicado de usar e mesmo aqueles que dominarem com certa facilidade têm de admitir que o sistema de evolução é muito fraco, mas muitos games de RPG que se seguiram copiaram e até aperfeiçoaram o sistema de board graças a FFX.

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Traduzindo o texto em japonês lá em cima: "FODEU CAMBADA!"

O som é magistral, com a trilha sonora fantástica de sempre, e uma dublagem magavilhosa! Melhor até do que a de FFXII(temos que admitir que um dos pontos falhos de FFXII foi a dublagem americana).

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Seria isso um Transformer das arábias?

FFX é um marco na história dos RPGs, principalmente no PS2, e o título é mais que obrigatório, mesmo com suas pequenas falhas. Podia ser melhor? Com certeza, mas mesmo assim é um pontaço para a Square!

Prós e Contras
- Gráficos show de bola
- Bom enredo
- Ótima dublagem

- Sistema de evolução complicado
- Um pouco de desleixo com NPCs
- A história podia ser um pouquinho menos complicada
- Muito linear para um Final Fantasy


Vídeo



Posted by Lio 12:45