Alone in the Dark
8 de jul. de 2008
Gênero: Horror de Sobrevivência
Produtora: Hydravision
Distribuidora: Atari
Lançamento: 24/06/2008
Nota: 5,0
A Rê Viu
Alone in the dark é uma daquelas séries que surgiram para modificar a forma de se jogar videogames. Responsável pelo surgimento do gênero horror de sobrevivência, foi logo ultrapassada pelo "clone" Resident Evil e ficou num hiato de anos antes de voltar a ativa com The New Nightmare.
Cacilds, vomitaram no teto!
RE cresceu e virou um game de ação, na verdade um ícone, e eis que Alone in The Dark tenta agora copiar aquele que o copiou.
A quinta versão de Alone (a primeira da nova geração) fez uma mistureba geral de tudo que americano gosta: puzzles simples e rápidos, tiro em primeira pessoa, seções de plataforma cheias de ação e um pouco de Resident Evil 4. É uma mistureba tão grande que fica difícil fazer um review pequeno e englobar tudo.
"Caralho, pisei na merda!!!"
De início, vou meter o pau em um problema que não devia existir: a jogabilidade.
Alone fica meio indeciso, sem saber exatamente o que é. A visão normal do jogo é aquela por trás do personagem que nem em RE4, sendo que você tem total liberdade para girar a camera de um lado para o outro, mas isso não significa que não existam problemas de câmera. Em dados momentos o game passa a ter a visão clássica da série, mais exatamente como RE: Code Veronica ou Outbreak (pra quem nunca jogou Alone). A diferença é que você reage como num game de plataforma, podendo pular, se pendurar em cordas e etc. Quando se empunha uma arma o jogo passa a ser em primeira pessoa e assim é em trechos onde o cenário é mais apertado. Se quizer dá pra jogar ele todo assim.
O Leon tingiu a juba!
Quando se pega algum objeto no chão para usar como arma, a visão de terceira pessoa é obrigatória e você ataca com o analógico direito, usando o equipamento pra abrir portas na base da pancada, botar fogo em cadeira pra iluminar cetas áreas ou abrir passagens. Com a arma você mira no L1 e atira no R1, sendo aí a parte em que o game fica obrigatóriamente em primeira pessoa (cadê a mira laser?) e nas partes de plataforma você pode pular com quadrado e se agarrar nos objetos com o X. Ah, e tem trechos onde se pilota um carro em fuga. Pressionando o R3 o personagem fecha os olhos e entra num modo extra-sensorial onde ele pode ver os inimigos a distância ou objetos importantes no cenário.
Meu sofá novo não!!
Os combates são meio tranqueira, tendo que se dar muitos tiros em certos inimigos pra poder derrota-los, o que pode levar a batalhas de meia hora contra um único adversário. O game não possui nenhuma indicação na tela de nada, só da pra saber os danos pelo estado físico do personagem e a quantidade de balas restantes tirando o pente da arma com o L3.
Minigames bobos permeiam o jogo como ligar um carro pela ligação direta ou se livrar do agarrão de um inimigo usando o analógico direito pra mover o braço do personagem.
Eu juro que não entendi essa foto...
Os gráficos são bons e ruims ao mesmo tempo. Os cenários tem, em sua maioria, texturas com resolução bem bacanas e o personagem principal é muito bem feito (mesmo que pudesse ficar melhor, já que Leon de RE4 ficou muito mais caprichado), mas a maioria dos efeitos são muito ruins, como o fogo que não ficou legal e o extintor de incêndio que se usa muito. As animações com os personagems in-game são muito ruins e cheias de bugs, como no estacionamento onde um carro parado fica com uma roda girando, ou na boca dos personagems que se movimentam de forma bizarra.
"Maldita hora pra dar mau jeito nas costas!"
A quantidade de inimigos do game é poquíssima! São três variações de inimigos normais e os morcegos estranhos, além de um bicho peladão nojento e umas aranhas que parecem saídas do game anterior. Pra se ter uma idéia, imagine um estacionamento com quinze zumbis sendo todos idênticos... tosco né? Fora que, quando surge a tal fissura (você vai saber mais pra frente), ela parece estar totalmente destacada do chão. Outra coisa bizarra são os NPCs que te acompanham durante o game. Deveria ser necessário protegê-los , mas muitas vezes você pula um buraco pendurado numa corda e o cara aparece, sabe lá Deus como, do outro lado antes de você. Fora o fato de que os monstros praticamente não os atacam, assim como eles não atacam ninguém, e você pode tentar interagir com eles de qualquer jeito que os caras num tão nem aí pra hora do Brasil, o que foi uma boa oportunidade perdida, a de expandir a jogabilidade interagindo com outros personagens.
"Relaxa num vô me queimá não, o fuego é de mentirinha"
Ainda reclamando dos gráficos, muitos efeitos desaparecem de acordo com a posição da câmera, como as fagulhas de uma casa em chamas que somem do nada se virar a câmera um milímetro.
Há momentos em que o game se parece muito com RE4, como quando você chega no Central Park, o que dá uma impressão muito boa, mas a quantidade de slowdowns (e são muitos) que aparecem irritam profundamente.
Fire at the disco!
O som é bem meia-boca, as músicas são bacanas e até empolgam, mas às vezes são meio deslocadas, te deixando no silêncio onde cairia bem uma música de ação e arrebentando os ouvidos quando se precisa pensar pra resolver um puzzle. As vozes são a melhor parte, apesar de praticamente nenhuma bater com a movimentação dos lábios (mérito dos gráficos).
Começo do GTA3 pós-apocalipco
O enredo é muito estranho e sem nexo, mas aos poucos vai se juntando e acaba se tornando algo bacaninha. Seu personagem e um velinho foram usados em um rital bizarro, o que fez com que você perdesse a memória. Agora, uma série de estranhas fissuras começaram a surgir em Nova York e, o pior, elas parecem vivas e transformam aqueles que elas capturam em monstros, além de engolir prédios e destruir ruas.
Bem que podia sair um Darkness maia boca pra PS2
A solução para conter essas coisas está escondida em algum lugar do central Park e cabe a Edward Carnby, que é você, salvar o dia (ou a noite). O negócio é que, de acordo com algumas informações, você tem mais de cem anos, apesar de ser um garotão, e desvendar esse mistério é algo que faz parte do processo. Realmente agora decidiram explicar por que o pesonagem é o mesmo desde o primeiro (que se passava em 1920), onde ele já não era tão novinho.
"Ai que coçera na benga!"
Não vou nem comentar a divisão da história do game em capítulos (como séries de TV) porquê foi porcamente mal executado e nem se percebe isso no decorrer do game, só quando se entra no menu Chapters e se seleciona um capítulo é que se ve um resuminho do anterior e fica passando um trailer do capitulo atual no menu principal, fora o fato de que ele é acessível desde o início e você pode escolher o capítulo que quizer pra começar.
"Manhê, to sozinho no escuro!"
O novo Alone in the Dark é um game bacana e, como a quantidade de games saindo pro PS2 é pouquíssima ultimamente, ele acaba se destacando. Só que tendo visto outros games da plataforma, até mesmo mais antigos, fica muito claro que faltou um capricho e dedicação da equipe pra fazer algo melhor. RE4 ostenta gráficos bem superiores e sem slowdowns, e como um game que não usa mais que dois terços de um disco coloca só duas texturas pra inimigos? Bem que poderiam usar o espaço restante pra botar nem que fosse mais umas duas pra dar uma variada. Ah! E um mapa tambem ajudaria. Ainda está longe de voltar a ser um clássico, mas cumpre a proposta de divertir enquanto dura.
Prós e contras
- Qualidade visual bacana no geral
- Boa dublagem
- É um game de terror!
- Mistureba maldita de games
- Bugs e slowdowns de baciada
- Jogabilidade um pouco truncada
- Enredo fragmentado e confuso ao extremo
- Sem um mapa, nem indicação de nada na tela
Vídeo
Legendas por Shinkoheo
Posted by Lio 09:14
Marcadores: 2008, horror de sobrevivência
2 Comments:
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- Lio said...
5 de agosto de 2008 às 20:04Meu,eis que depois do review devo abrir um parenteses paracriticas quepodembombar pelomenos 2 pontos da nota final.Terminei o game, vium, final porco,não quiz acreditar no que vi. Terminei de novo,mesma porqueria com leve variação.o game só tem uma arma de fogo,poucos inimigos e quando ta ficando bom acaba. Deprimente.- Vivard said...
25 de agosto de 2008 às 15:06Altera a nota lá então, rapá!